Guppy ou Lebiste
(Poecilia rericulatus)
(Poecilia rericulatus)
Origem: América Central.
Comprimento máximo: macho 3 cm e fêmea 6 cm. Reprodução: ovovivíparo. pH: alcalino (7,2 a 7,5). Temperatura: 24 a 28 ºC. Aquário: médio com plantas. Alimentação: alcon GUPPY , alcon COLOURS , alcon Mini Betta . Comportamento: pacífico, mantê-lo com peixes pequenos e pacíficos.
Ágeis e multicoloridos, os Lebistes são utilizados em aquários
desde meados de 1900. Entretanto, sua utilização não se limita apenas a esta.
Devido ao seu hábito voraz de se alimentar com larvas de insetos, os Lebistes
são utilizados em países do Oriente como ferramenta de controle biológico. Já
foram utilizados também no Brasil, na década de 30, para combater os
transmissores da Malária e da Febre Amarela. São também utilizados em
laboratórios, nos experimentos ecotoxicológicos, genéticos, comportamentais e
reprodutivos.
Origem:
Os Lebistes são originários da América do Sul e Central, mais
precisamente de estuários localizados em Barbados, Trinidad Tobago, Venezuela,
Guianas e porção norte do Brasil. Conhecidos também por Peixe Arco-íris,
Barrigudinho, Bandeirinha, Sarapintado e Guppy encontram-se hoje espalhados por
todo o mundo. Antes de ser classificado cientificamente como Poecilia
reticulata, o Lebiste já foi conhecido por Girardinus guppyi e Lebistes
reticulatus. O nome Guppy é na verdade o sobrenome de Robert J.L Guppy que foi
homenageado pelo naturalista inglês Guenther, que recebeu de Robert os primeiros
peixes coletados na América Central no ano de 1860. Já o nome popular Lebiste
deriva do gênero Lebistes ao qual pertencia.
Pertence a família dos Poecilidae (Poecilídeos) da qual também fazem parte Molinésias, Platys e Espadas. É um peixe de fácil manutenção sendo recomendado para todos os tamanhos de aquários desde que obedecidas suas necessidades básicas como pH e temperatura. É interessante observar o número de fêmeas que deve ser maior que o de machos, na razão de 3:1. Reprodução:
As fêmeas desta espécie não depositam ovos, mas sim dão à luz
filhotes prontos. São classificados então como peixes ovovivíparos. Erroneamente
são por vezes citados como peixes vivíparos, mas há uma grande diferença entre
estas duas formas de reprodução. O termo vivíparo está relacionado com embriões
que são nutridos diretamente pela mãe através de uma estrutura semelhante ao
cordão umbilical. É o que acontece, por exemplo, com algumas espécies de
Tubarões. Já o termo ovovivíparo refere-se a embriões nutridos pelo saco
vitelínico, envoltos por uma membrana (ovo) que se desenvolvem no interior da
mãe. De maneira geral seria como “chocar” os ovos internamente. Os filhotes se
desenvolvem então dentro destes ovos que ficam guardados a salvo no interior da
mãe. Quando o desenvolvimento se completa, a casca se rompe e o filhote,
alevino, é expelido pela mãe.
Os machos diferenciam-se das fêmeas pela cauda, que é bem maior, pela coloração mais intensa, e pela presença do gonopódio, uma estrutura semelhante a um pequeno tubo localizada na região ventral. Esta estrutura possibilita a transferência dos gametas masculinos para dentro da fêmea, possibilitando a fecundação interna. Já as fêmeas apresentam uma mancha na parte ventral, próxima a cauda, que se torna mais escura quando os ovos começam a se desenvolver. Quando os filhotes estão a ponto de nascer esta mancha torna-se mais “baixa”, a fêmea apresenta-se muito barriguda e com a respiração ofegante. Para reproduzi-los é aconselhável 3 a 5 fêmeas para cada macho. Esta espécie, assim como acontece com outros peixes ovovivíparos, não apresenta cuidado parental, ou seja, os pais não cuidam dos filhotes após o nascimento. Além disso a permanência dos pequenos alevinos junto com exemplares adultos, inclusive a própria mãe, pode ser desastrosa, já que tendem a ser devorados. Em função disso as fêmeas grávidas podem ser postas em criadeiras individuais onde, logo que nascem, os filhotes são separados da mãe. Recomenda-se um aquário com cerca de 15 a 20 litros de água e que contenha plantas naturais como Elodea, Cabomba, Sagitária e a Samambaia d'água, para que os alevinos, ao passarem por entre as frestas da criadeira, possam se refugiar. O período de gestação varia de 20 a 30 dias. Os filhotes devem ser alimentados com alcon Alevinos durante o primeiro mês de vida. Aos dois meses de idade já é possível a diferenciação de machos e fêmeas, que estão prontos para a reprodução. Nesta fase já podem ser alimentados com outras rações como alcon Guppy, alcon Basic e alcon Gold Spirulina Flakes. Para um desenvolvimento mais adequado, é recomendado permitir a reprodução somente a partir dos quatro meses de idade. Uma característica bastante interessante é a capacidade que as fêmeas têm de armazenar o esperma dos machos por um longo período, podendo ter mais de 3 gestações seguidas sem a presença do macho para nova fecundação. Esta característica é muito importante quando se pretende fazer cruzamentos específicos entre machos e fêmeas escolhidos previamente. Para obter o resultado esperado neste cruzamento, é necessário primeiramente “limpar” a fêmea, ou seja, mantê-la sem contatos com machos durante um período de 6 meses, para que ela acabe com um possível estoque de esperma de outro macho. Para o sucesso da reprodução devem ser observadas boas condições ambientais, como temperatura em torno de 28 ºC e pH próximo a 7,2. Com os devidos cuidados e um pouco de atenção diária o Lebiste certamente deixará seu aquário mais alegre e muito colorido. |
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