sábado, 4 de agosto de 2012









O papagaio é um peixe desenvolvido pelo homem para o aquarismo a partir do cruzamento de ciclídeos americanos, que entre os filhotes de suas criam tem alguns alevinos com mutações genéticas. O papagaio não existe na natureza.

Há controvérsias sobre quem são os "pais" do Papagaio. Entre as possibilidades temos:

- Cichlasoma synspilus (Redhead Cichlid) e Cichlasoma citrinellum ou

- Severum (Heros severus ou Cichlasoma severum) com Red Devil (Cichlasoma erythraeum) ou

- Red Devil e Green Severum ou

- Red Devil e Redhead Cichlid

(obs: fotos desses peixes podem ser encontradas no site www.webcityof.com/miff1022.htm)

A Cor do papagaio pode variar entre marrom, amarelo, vermelho, dependendo de quem são os pais.

Embora os papagaios até formem casais e ponham ovos, é praticamente impossível cruzá-los, pois o resultado é uma mutaçao recessiva letal, por ser muito severa. Os ovos que eles põe são inferteis.
Os poucos casos de procriação bem sucedida são porque os papagaios foram cruzados com peixes híbridos. Os papagaios cuidam vigorosamente da desova. Os ovos inférteis fungam e ficam branco, quando são comidos pelos pais para que o fungo não se espalhe para os outros ovos.
Quando acontece a eclosão dos ovos, é necessário que o aquarista faça trocas parciais de água de 25% diariamente para garantir a saúde dos alevinos e alimentá-los de preferencia com ovos de artemia.

Devido ao hibridismo desse peixe, ele tem deformidades físicas: a boca muito pequena, nadadeiras mal formadas, que precisam estar sempre sendo movimentadas para que o peixe se mantenha flutuando, e a espinha deformada.

O papagaio necessita de um aquário bem grande para viver bem, pois chegam a 25 cm de tamanho, chegando a viver até 10 anos. É ideal montar um aquário com bastante esconderijos para que possam criar seu território. O pH ideal é entre 6.6 e 7.0. Acima de 7.0 o ph faz com que o peixe possa perder um pouco a cor.
A alimentação deve ser o mais variada possível, de preferência com alimentos que afundem, pois devido as suas nadadeiras mal formadas, eles tem dificuldades de ir à superfície se alimentar.
Quando estressados, podem desenvolver manchas pretas pelo corpo, que somem a medida que o perigo passa.





 
Pseudotropheus demasoni

 
Pseudotropheus demasoni
Pseudotropheus demasoni



Biótopo:
Lago Malawi - Mbunas

Distribuição Geográfica / População:
Encontra-se apenas nas imediações de Ndumbi Point e Pombo Rocks, sendo Pombo Rocks um local muito próximo de Mbundo Point. Não existem diferenças morfológicas significativas entre populações.

Características da água:
Temperatura: 23ºC a 28ºC
Ph: 7.8 a 8.6
Kh: 4 a 8º

Alimentação:
No lago alimentam-se da biocobertura das rochas. Esta biocobertura é um sistema biológico composto por algas e um largo número de minúsculos invertebrados que nelas vivem (denominados de aufwuchs). Peixes recém-nascidos que sejam encontrados também fazem parte da sua dieta. Em aquário devem ser alimentados com comida própria para peixes consentâneos com uma alimentação rica em matéria vegetal.

Dimorfismo Sexual:
São dos Mbunas mais difíceis de identificar. Ambos os sexos são de cor azul-claro com faixas verticais largas de um azul muito forte, que por vezes podem ficar praticamente pretas quando um macho está dominante. Ao contrário da maioria dos Mbunas, nesta espécie também a fêmea tem uma coloração muito apelativa, daí a dificuldade na sua sexagem. Quando adultos, a fêmea é visivelmente mais pequena, sendo essa uma forma de distinção, correndo-se ainda assim o risco de confundir uma fêmea adulta com um macho mais jovem.

Tamanho Máximo:
Macho por volta de 7/8 cm. A fêmea fica mais pequena.

Comportamento:
Apesar do seu reduzido tamanho são peixes extremamente corajosos e com níveis de agressividade em tudo semelhantes a peixes de maior porte. Os machos não se toleram entre si, assim como a indivíduos de cores semelhantes. Daí a escolha dos companheiros ter que ser feita com algum rigor e cuidado. De preferência deve ser mantido um harém de várias fêmeas para um único macho, dada a insistência deste em acasalar. Desta forma evita-se que seja sempre a mesma fêmea a sofrer as agressivas investidas do macho.

Reprodução:
Incubador bocal maternal. O acasalamento realiza-se num local para onde o macho atrai a fêmea num ritual de movimentos giratórios sobre os ovos depositados. No ritual, a fêmea deposita ovo a ovo no solo, o macho fertiliza-o e a fêmea coloca-o na boca dando início à incubação. Ao fim de 10 dias os ovos eclodem mas a fêmea irá protegê-los na sua boca durante mais 15 dias. No final do período de incubação os alevins são libertados, completamente formados e auto-suficientes para procurarem a sua própria alimentação. O número de ovos por cada incubação depende do tamanho da fêmea sendo normalmente entre 5 e 15.

Tamanho mínimo do aquário:
150cm de frente.

Outras Informações:
Uma espécie fascinante mas que não se destina a principiantes. O seu reduzido tamanho leva a que muitas vezes sejam encarados como peixes mais pacíficos, o que é totalmente falso. Manter 2 machos num mesmo aquário deverá estar fora de questão, a menos que seja um aquário de grandes proporções. São peixes que revelam uma grande personalidade e coragem e existem relatos de peixes com um porte muitíssimo superior (Nimbochromis venustus, Sciaenochromis ahli, etc...) que são completamente dominados e mesmo mortos por estes pequenos “terroristas”. Sem dúvida alguma uma espécie a considerar, mas com todos os cuidados e riscos inerentes à sua manutenção



julidochromis ornatus "Boulenger, 1898"
Nome comum: Juli ornatus

Família: Cichlidae
Sub família: Pseudocrenilabrinae
Tamanho: 8cm macho-5cm fêmea
PH: 8.0 a 9.0
GH: 8 a 18
Temperatura: 24 a 27 ºC.

Alimentação: Omnívoros. Na natureza alimentam-se essencialmente de pequenos crustáceos e larvas de insectos e outros pequenos animais, em aquário podem ser alimentados com qualquer tipo de comida seca ou com “Artemia” congelada.

Distribuição: Lago Tanganyika. existem várias populações com algumas diferenças a nível de coloração.

Dimorfismo sexual: Difícil de distinguir. Em adulto as fêmeas são mais pequenas e vista de cima são proporcionalmente mais largas que os machos.

Comportamento: São peixes que habitam buracos em rochas onde definem um território com um raio aproximado de 20cm, que defendem de intrusos de porte e comportamento idêntico.

Aquário: mínimo, de 50lt (para um casal sozinho), 120lt comunitário.

Reprodução: De fácil reprodução em aquário, bastando para isso um aquário de 50lt, temperatura entre os 24-26ºC, pH: 7.8 – 9. Depositam os ovos num buraco por debaixo de uma pedra ou por entre as rochas. As desovas podem variar entre os 20 e os 40 ovos, ambos os progenitores guardam a prole, não há necessidade de separar os filhos dos progenitores, mesmo depois de nova desova, mas quando os jovens atingem cerca dos 4 a 6cm vão ser expulsos pelos progenitores e caso o aquário não tenham mais de 100cm devem ser retirados para se evitar agressões mais graves da parte dos pais.
Os recém-nascidos podem ser alimentados com comida seca em pó para alevins




Labidochromis caeruleus (Nkhata Bay )

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    Ficha Técnica
  • Nome popular: White.
  • Nome científico: Labidochromis caeruleus
  • Família: Cichlidae
  • Origem: África - Lago Malawi (Mbuna)
  • Características: Corpo com um branco azulado forte e brilhante, barbatanas peitoral, dorsal e anal brancas e debruadas de preto; a caudal é toda branca.
  • Sociabilidade: É um mbuna bastante pacífico. Não causa problema algum com peixes de outras espécies. Aconselhável para iniciantes.
  • Ph: De 7.5 a 8.5º.
  • Gh: De 4 a 6 dH.
  • Kh: De 6 a 8 dH.
  • Temperatura: 22º a 28ºC.
  • Tamanho adulto: Aproximadamente 10 cm.
  • Alimentação: Herbívoro, alimentos industrializados ricos em vegetais.
  • Reprodução: Incubador bocal maternal. Bastante fácil de se reproduzir em cativeiro. Duração de aproximadamente 21dias.
  • Dimorfismo Sexual: Os machos apresentam as ricas pretas, tanto na barbatana dorsal como na peitoral, bem mais grossa que as das fêmeas. Os chamados “egg spots” podem aparecer em alguns machos, mas não é sempre.
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    Ficha Técnica
  • Nome popular: Peixe Jóia.
  • Nome científico: Hemichromis bimaculatus
  • Família: Cichlidae
  • Origem: África - Rios
  • Características: Têm o corpo de um marrom bastante avermelhado, sendo o tom vermelho bem mais presente na região ventral, essa bonita cor, é cortada por diversas linhas longitudinais, formadas por pequenos pontos de um azul claro, quase néon. Barbatanas seguem o mesmo padrão do corpo, sendo que a dorsal é também debruada por duas finas linhas, a primeira a azul seguida por uma avermelhada.
  • Sociabilidade: São bastante agressivos, e quando em período de reprodução tornam-se mais ainda quando se tornam também bastante territoriais.
    Predadores natos, não devem ser colocados junto a peixe menores e/ou muito pacíficos.
  • Ph: De 6,5 a 7,5º.
  • Temperatura: 25º a 28ºC.
  • Tamanho adulto: Aproximadamente 11 cm.
  • Alimentação: Onívoro, aceita bem praticamente qualquer tipo de alimento industrializado, bastante voraz, gosta muito de receber alimentos vivos e/ou congelados.
  • Reprodução: Macho e fêmea limpam um lugar, normalmente uma pedra, no aquário, escondido e de difícil acesso para o ninho. A desova e fertilização é feita alternadamente. Após isso ambos irão montar guarda cerrada ao ninho de depois aos alevinos.
  • Dimorfismo Sexual: Praticamente impossível sexar por exames externos.



           
Chalinochromis brichardiNome científico:Chalinochromis brichardi
Nome popular (BR):Ciclídeo Mascarado
Nome popular





Família:Cichlidae
Distribuição geográfica:Leste africano
Comportamento:Territorial, pode ser tornar agressivo com indivíduos da mesma espécie ou semelhantes.
Tamanho adulto:12 cm
pH:8,0 a 9,0
Temperatura:24 a 27oC
Dimorfismo sexual:Não há.
Alimentação:Ração, artêmia salina, branchonetas, tubifex etc.
Aquário mínimo recomendado:200 litros
Reprodução:Ovípara.
Adequado para plantado?Não.
Biótopo:Lago Tanganyica
Informações adicionais:


Tipos de Brichard
Mensagem

Tropheus duboise

Neolamprologus brichard

Tropheus moori (Kiaser Ikola)

Julidochromis marlieri

Tropheus moori (Bemba Red)

Neolamprologus brichard (Albino)

Neolamprologus leleupi

_________________

 Labidocromis Yellow






Biótopo:
Lago Malawi - Mbunas

Distribuição Geográfica / População:
Podem ser encontrados no lago na costa oeste entre Charo e Chizi Poin e na costa este entre Cape Kaiser e Lumbaulo. Exemplo de populações: Nkata Bay; Lions Cove; Ruarve; Chadaga.

Características da água:
Temperatura: 23ºC a 28ºC
Ph: 7.8 a 8.6
Kh: 4 a 8º

Alimentação:
É uma espécie omnívora e, por isso, é recomendável uma alimentação variada. Ainda assim a dieta deverá ser rica em vegetais, pelo que toleram perfeitamente flocos e granulado próprios para Mbunas. A comida congelada também é adequada desde que ponderada em proteína.

Dimorfismo Sexual:
Os machos tendem a ser mais corpulentos com as cores mais vivas, sendo as riscas pretas mais intensas. Os "egg spots" também podem ajudar na diferenciação. As fêmeas são mais pequenas e com cores mais esbatidas. Por vezes é difícil distinguir machos dominados das fêmeas.

Tamanho Máximo:
Aproximadamente 10cm sendo as fêmeas geralmente mais pequenas.

Comportamento:
É dos mbunas mais pacíficos tendo uma boa relação com todos os outros tipos de mbunas. No entanto a sua passividade pode trazer complicações com espécies ferozes, pelo que deverá haver uma escolha cuidada de espécies com agressividade semelhante.

Reprodução:
Incubador bocal maternal. O acasalamento realiza-se num local para onde o macho atrai a fêmea num ritual de movimentos giratórios sobre os ovos depositados. No ritual, a fêmea deposita ovo a ovo no solo, o macho fertiliza-o e a fêmea coloca-o na boca dando início à incubação. Ao fim de 10 dias os ovos eclodem mas a fêmea irá protegê-los na sua boca durante mais 15 dias. No final do período de incubação os alevins são libertados, completamente formados e auto-suficientes para procurarem a sua própria alimentação. O número de ovos por cada incubação depende do tamanho da fêmea sendo normalmente entre 15 e 30.

Tamanho mínimo do aquário:
100 Litros

Outras Informações:
No seu meio natural habita dois tipos de biótopos, nas margens rochosas e nos leitos de Vallisnerias existentes no Malawi, habitando entre os 2m e os 35m de profundidade.
Tal como nos outros aquários de mbunas, as TPAs regulares são essenciais ao bem-estar do peixe.








 

Nome Popular: Livingstone
Nome Científico: Nimbochromis livingstonii
Família: Ciclídeos
Habitat: África ( Lago Malawi)
pH: 7.7 a 8.3
Temperatura: 25º a 29ºC
Dureza: 10º a 20º gH
Tamanho Máximo: 25cm
Sociabilidade: Casal
Agressividade: Agressivo
Manutenção: Fácil
Zona do Aquário: Meio
Aquário Mínimo: 160L
Alimentação: Flocos, Sticks, spirulina, larvas de mosquito,artêmias, fígado e verduras.
Características Conhecido pelos nativos do Malawi como “Kaligono” que significa Dorminhoco.
Ciclídeo predador do grupo dos Haps .Gosta de águas pouco profundas , arenosas com poucas pedras e vegetação abundante (Valisnérias).Possui manchas brancas e marrons semelhante a camuflagem militar por todo corpo e nadadeiras.Os machos adultos se tornam azulados e na época da reprodução perdem totalmente sua camuflagem. As fêmeas podem imitar este padrão na época da desova.Os machos possuem ocelos na nadadeira anal enquanto as fêmeas , além de não possuí-los, são menos vistosas. Permanece , às vezes , quieto espreitando a presa , podendo até se fingir de morto . Pouco territorialista , não deve ser mantido com Mbunas pequenos.
Reprodução: Os machos formam haréns, com cerca de 3 a 6 fêmeas , não sendo recomendado manter casais, pois a pressão reprodutiva sobre a fêmea pode estressá-la e até mesmo matá-la. O macho faz um ninho na areia , junto a uma zona rochosa, no qual a fêmea deposita os ovos em várias jornadas, se retirando para deixar que o macho os fertilize.Após a fertilização , a fêmea os recolhe e realiza outra desova (chegando até a 100 ovos).A incubação é bucal e pode durar entre 21 e 30 dias.Quando os alevinos são liberados , já são independentes.



sexta-feira, 3 de agosto de 2012





Nome comum: Ampulária Bridgesi
Nome Científico: Pomacea bridgesi
Família: Ampullariidae
Habitat: América
pH: 6.5 7.5
Temperatura: 25ºC a 30ºC
Dureza: --
Tamanho Máximo: No aquario atigem entre 6cm a 10cm.
Na natureza pode atingir ate os 15 cm
Sociabilidade: sozinho ou grupo
Agressividade: pacífico
Manutenção: Facil
Zona do Aquário: fundo
Aquário Mínimo: 60L
Alimentação: comem algas, folhas mortas, restos de alimentos e peixes mortos
Características:
A Pomacea bridgesi é um dos poucos que podem ser mantidos em aquarios plantados sem causar grandes danos; comem além das algas, folhas mortas, restos de alimentos e peixes mortos; entre outras Pomaceas conhecidas, estão as Pomacea canaliculata e Pomacea paludosa, estas duas havidas devoradas de plantas.
Reprodução:
Colocam seus ovos em locais húmidos mas nunca submersos, o aquário de reprodução deve ser tampado para manter o ar húmido. Esta espécie não é hermafrodita, necessitam formar um casal para a reprodução.
 

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                                           PACU (PIARACTUS MESOPOTAMICUS)








     

                 
      
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É um desafio reproduzir um peixe, sendo para tanto necessário entendê-lo, observá-lo e oferecer-lhe as condições de que necessita para sobreviver e reproduzir. O processo de Hipofisação é um orgulho da ictiologia brasileira, tendo sido proposto pela primeira vez por Rodolpho T. W. G. von Ihering e colegas em 1935 no Congresso Internacional de Fisiologia na Russia, que se caracteriza principalmente em induzir os peixes considerados de piracema à desovar em ambientes totalmente adversos aos da Natureza.
Sabemos que a Natureza nos proporciona grandes ensinamentos e observamos que nas regiões Norte e Centro Oeste, durante as estações das cheias, temos um aumento considerável no nível das águas, que recebe uma enorme quantidade de partículas constituídas de terra, folhas, mudando assim a química da água e iniciando um processo que conhecemos por "piracema", quando nestas condições os peixes se excitam à migrarem em direção às cabeceiras dos rios. Instintivamente, os peixes de piracema sabem que subindo o rio encontrarão melhores condições para o desenvolvimento de seus descendentes e a viagem começa.
Durante a jornada, os peixes praticamente não se alimentam, sendo obrigados à utilizarem suas próprias reservas, sob a forma de gordura. Este considerável esforço físico, pois as vezes os peixes tem até que escalar grandes cachoeiras, provoca a produção de ácido láctico, responsável pela maturação final das gônadas (testículos e ovários). Chegando nas áreas de desova, grandes lagos tomados pela enchente do rio, as fêmeas soltam os ovos que são imediatamente fecundados pelo esperma ativo dos machos.
As águas destes lagos, sendo ricas em plâncton, proporcionarão ótimos habitats para os recém nascidos. Este processo reprodutivo pode ser observado nos Pacus, e em muitas outras espécies de piracema e curiosamente estes peixes não se reproduzem de outra forma, em tanques de águas parada ou ligeiramente movimentada, a não ser que adotemos o Processo de Hipofisacão, pois as águas desses tanques não vão sofrer mudanças físicas e químicas e nem o peixe produzirá o ácido láctico pois não acontecerá o esforço físico de subir o rio. Portanto, a aplicacão de hormônios para induzir a maturação das gônadas deve ser realizado.
Relataremos à seguir, as observações e experiências feitas por Luiz Fernando Galli, quando das primeiras desovas do Pacu-guaçu obtidas na Estação de Piscicultura da Usina Mário Lopes Leão, em Promissão, São Paulo em janeiro de 1986. Foi obtido 50000 alevinos de 3 fêmeas (de 4 a 4,5 Kg) e 6 machos (3,5 a 4 Kg selecionados entre 57 Pacus capturados). Os reprodutores ficaram num tanque de 10 metros de diâmetro, com renovação constante de água. Foram selecionados os melhores para a Hipofisação. O Lote de 9 reprodutores (3 fêmeas e 6 machos) foi transferido para os aquários do Laboratório, cinco horas antes do início das injeções de hormônios, para que os peixes se acalmassem no novo ambiente
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As injeções foram preparadas à base de Pó de hipófise de Salmão seco em acetona (Preparado pelo Laboratóno Syndel – Canadá) misturado com soro fisiológico (0,5 à 1 cc/peixe) e macerado em gral. Após a centrifugação da mistura, o extrato sobrenadante foi aplicado em injecões de 0,5 a 1 cc por peixe, na base das nadadeiras peitorais. O Pó de hipófise foi adotado à base de 5 mg de pó/kg de peixe macho (1º aplicação) e 10 mg de pó/kg de peixe macho (2a. aplicação, 6 horas depois). Nas fêmeas, utilizou-se 5mg de pó/ kg de peixe (1a. aplicação) e 20 mg de pó/kg de peixe na 2a. aplicação, 6 horas depois.
Não ocorreu nenhuma desova até 18 horas da 2a. injeção. As fêmeas foram então transferidas para um tanque de 2 x 5 m, onde ficaram 15 dias, quando novamente foram recolhidas para o Laboratóno para uma 2a. indução à desova, com novos machos, repetindo-se as dosagens da 1a. Hipofisação. Sucesso total... Os vidros dos aquános foram cobertos externamente com plástico preto para evitar o Sol e as pessoas que passavam pelo local. 12 horas após a 2a. aplicação, os reprodutores começaram a se movimentar com maior intensidade, indicando a desova. 3 horas após deu-se a desova, as 3 fêmeas produziram 200.000 ovos. 1 hora após, os ovos foram transferidos para as incubadoras livres, com renovação de água constante. Ficaram 25 horas até a eclosão.
Após a eclosão, as larvas foram transferidas para 4 caixas de amianto de 1000 litros (com compressor de ar + pedra porosa + aquecedor + termostato (25º C). Absorveram o vitelo em 5 dias e as larvas ficaram por mais 5 dias no fundo do tanque, paradas.
A transferência para o tanque de engorda (10 x 20 m) foi uma questão de dias, tanque assim fertilizado para receber os pacuzinhos 10 dias antes da adubação orgânica e mineral foi distribuído pelo tanque, à lanço. 40 kg de calcário dolomítico. Antes do enchimento do tanque, foi distribuído também à lanço, 15 kg de Esterco de galinha, 40 kg de esterco de curral, 15 kg de sulfato de amônia e 2 kg de superfosfato triplo. Como observação, salientamos que a adubação deve ser feita sempre pelo menos 20 dias antes da estocagem de larvas e alevinos. Além do plâncton produzido naturalmente através da adubação, os alevinos receberam ração complementar para acelerar o crescimento, composta de: 10g de ração em pó para trutas (com 46% de proteína bruta) durante o 1.º mês de vida e ração triturada (com 46% de proteína bruta) na base de 2% do peso do peixe, durante 5 dias por I semana, no 2.º mês.
Os alevinos que atingem de 5 a 7 cm já possuem tamanho adequado para serem comercializados e distribuidos em reservatórios e açudes. Em Promissão, os alevinos de 45 dias atingiram de 5 à 10 cm e ficou muito bem observada que as caixas de 1000 litros devem ser bem oxigenadas principalmente do 5.º ao 10.º dia de vida das larvas
A evolução da Piscicultura certamente está fundamentada na transferência de experiências entre pesquisadores e criadores e o processo de Hipofisação lá é uma realidade científica. Desenvolva-a...
 
 
Acara bandeira
 
 
  Acara bandeira veu


  Marmorato

   negro

 
 
 
 
Por muitos anos, os lojistas brasileiros se preocuparam em conhecer pelo nome cientifico, cada espécie de peixe que se encontrava a venda. Mas com o passar do tempo, esses comerciantes começaram a achar que decorar esses nomes e ter que colocar na cabeça do freguês as sutis diferenças entre machos e fêmeas e entre peixes do mesmo gênero mas de espécies diferentes, era uma perda de tempo, pois muitas pessoas não aceitavam quando o entendido dizia "esse é um Acara-bandeira (Pterophyllum scalare) e aquele é um Acara-dumerili (Pterophyllum dumerilii).
Hoje em dia, qualquer peixe pode ser comprado por outro, isto é, qualquer pessoa pode comprar o Neon-cardinal (Cheirodon axelrodi) e levar o Falso-neon (Hyphessobrycon simulans) simplesmente porque o que difere um do outro, a primeira vista, é a linha horizontal brilhante, que no primeiro termina na nadadeira adiposa e no segundo, vai ate o pedúnculo caudal. No fim de tudo paga-se o alto preço do Neon por um peixe de menor valor. Mas quem disse que o prejuízo sempre cai sobre o freguês? Não, as vezes o lojista, por desconhecer as diferenças, "leva na cabeça". Um bom exemplo é o que ocorre com freqüência com os Acara-discos. 0 Azul (Symphysodon aequifasciata haraldi) é confundido com o Verde (Symphysodon aequifasciata aequifasciata) e o Heckel (Symphysodon discus) com o Azul-real (Symphysodon aequifasciata haraldi var). Somente o conhecedor de discos difere um dos outros. Eu mesma, ao entrar numa conhecida loja do Rio encontrei um Disco-azul-real no meio de muitos Heckel e sabendo da inexperiência do lojista, aceitei a confirmação dele de que aquele Disco era um Heckel. Obviamente, comprei-o e quem saiu lucrando fui eu, uma vez que o Azul-real é, pelo menos, oito vezes mais caro que o Heckel. Esse fato mostra o quanto os peixes do mesmo gênero, mas de espécies diferentes são semelhantes e o quanto os lojistas se desinteressam em conhecê-los.
Espero, com esse trabalho, ajudar um pouco o leigo a separar o "joio do trigo", abordando especificamente a "família" Pterophyllum, uma vez que inúmeros leitores vêem, através de cartas, solicitar um artigo sobre Acara-bandeira.
Vamos primeiro conhecer as espécies que existem e suas variedades, pois muita gente pensa que o Acara-marmorato é uma criação da Natureza.
Em 1953, Leonard P. Schulttz considerou que o gênero Pterophyllum tinha três especies. P. scalare, P. eimekei e P. altum. Em 1967, porém, achou necessário modificar o critério adotado em 1953 considerando a espécie eimekei sinônimo de scalare, tendo como base a recontagem de escamas, raios de nadadeiras e estudo da distribuição geográfica das espécies no "habitat" natural. Por conseguinte, são conhecidas, hoje em dia, três espécies do gênero Pterophyllum:
I) Pterophyllum scalare
II) Pterophyllum dumerilli
III) Pterophyllum altum
Não se pode negar que muitos cientistas consideram apenas uma espécie: o P. scalare. Então temos: P. scalare scalare, P. scalare eimekei e P. scalare altum.
Mas nomenclatura é um assunto polêmico e seriam necessárias muitas páginas para esgotá-lo, por isso, no presente trabalho, vamos adotar a nomenclatura usada por Schulttz.
Como diferenciar uma espécie da outra? Em termos práticos vejamos os desenhos:
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Depois de analisar bem as diferenças, podemos dizer que não há mais motivo para enganos. Vejamos agora as variedades que os cientistas e os criadores conseguiram partindo de cruzamentos entre as três espécies.

VARIEDADES DE NADADEIRAS SIMPLES

Acara-bandeira: ouro, marmorato, fantasma, negro, fumaça, meio negro, domino ou meio-meio, albino xadrez.
VARIEDADES DE NADADEIRAS MEIO-LONGAS (SEMI-VÉU)
Acara-bandeira - véu: marmorato, negro, fumaça, meio negro, domino ou meio-meio.
Pterophyllum dumerilli
VARIEDADES DE NADADEIRAS LONGAS (VÉU)
Acara-bandeira-véu: ouro-véu, marmorato-véu, fantasma-véu, negro-véu, fumaça-véu, meio negro, dominó ou meio-meio véu, xadrez-véu.
Obviamente, muitas outras variedades existem devido aos cruzamentos desordenados feitos por criadores que só desejam lucros rápidos, sem se preocuparem com a pureza das variedades criando assim Acaras com pigmentação deficiente, nadadeiras curtas ou defeituosas e peixes fracos que custam a crescer, morrem cedo ou são estéreis.
De um modo geral, o Pterophyllum é venerado em todo o mundo, tendo sido representado em selos, logotipos de lojas comerciais e associações, tendo inclusive um clube próprio nos Estados Unidos, onde o peixe e conhecido pelo nome vulgar de "Angel fish".
Pode-se dizer, com certeza, que todo aquarista tem ou já teve um Acara bandeira em seu aquário, tal a beleza e a popularidade desse exótico membro do mundo aquático.

0 Pterophyllum é originário da região Norte do Brasil, mais especificamente, dos rios Orinoco, Amazonas, Negro e Tapajós, também sendo encontrado nas Guianas.
MANUTENÇÃO DO ACARÁ EM CATIVEIRO
Não há o menor mistério em se manter o Acara-bandeira em aquário uma vez que os que são comumente encontrados nas lojas são produtos de cativeiro.
Normalmente, a pessoa ao escolher um peixe leva em consideração a beleza e o tamanho do exemplar, sem se lembrar de que um peixe grande e adulto é talvez velho e que viverá pouco, além de apresentar grande dificuldade de adaptação.
É muito mais seguro comprar peixes jovens, que viverão no mínimo quatro anos, do que adultos ou idosos que só viverão seis meses ou um ano.
Quando adulto, o Acara atinge onze centímetros (11 cm) medindo-se da boca até o pedúnculo caudal e vinte centímetros (20 cm) da ponta da nadadeira até a extremidade da anal (mais ou menos 3 anos).
De um modo geral, esses peixes quando encontrados em lojas são refugos de criadores e normalmente anunciados assim: "Casal reprodutor - Cr$3.000,00". 0 leigo se apaixona pelos exemplares e paga a quantia, acreditando ter feito excelente negocio, sem saber, no entanto, que aquele casal foi colocado a venda por estar totalmente esgotado não servindo mais para reprodução. Sendo assim, não se deve comprar o “formoso casal".
Se o mesmo é tão bom quanto diz o lojista porque o criador vendeu? A resposta é uma só. Os exemplares estão velhos, esgotados e tem pouco tempo de vida.
Quando se compra um ou mais Acara deve-se ter em mente que sendo peixes de cardume, extremamente sociáveis e de movimentos lentos, são incapazes de entrar em disputa por alimento com Barbos, Tricogaster ou Espada, ficando assim com as migalhas que sobram, quando sobram. Por isso devem ser alimentados separadamente ou mantidos em aquário especifico, o que é melhor.
Um bom aquário para esse peixe deve medir, no mínimo, 128 litros (80 x 40 x 40), por ser ele de grande porte.
A montagem é simples. Um filtro biológico, uma camada de areia com 5 cm na frente e 7 cm atrás, algumas pedras redondas, um pequeno tronco e plantas como a Amazonense, a Valisneria gigante, a Goianense entre outras. Para um aquário nessas proporções, o ideal é usar duas lâmpadas fluorescentes de 20 W (uma comum atrás e uma Gro-lux na frente).
A ALIMENTAÇÃO
Esse exótico ciclídeo não é exigente no que diz respeito a comida, aceitando bem todos os tipos de alimentos.
Uma boa dieta para o Acara deve ser composta de flocos de camarão, Pasta de Gordon, larvas e vermes, carne crua raspada e Artêmia Congelada.
Os Acaras são grande admiradores de alface e é sempre bom ter uma folha dessa verdura flutuando no aquário para evitar que as plantas sejam o alvo das atenções dos famintos peixinhos.
Não se deve esquecer que quanto mais variado for o cardápio mais sadios serão os peixes e por mais tempo viverão.
Temos que levar em consideração também, para um bom desenvolvimento físico, se fazem necessários o controle do pH e do dH, além da temperatura. 0 gênero Pterophyllum vive bem em água mole (de 1 a 3,9 dH) e ligeiramente ácida (pH 6.8). A melhor temperatura para ele varia de 27º.C a 30º.

COMPORTAMENTO
Em comunidade, o Bandeira é excelente companheiro, evitando ao máximo as brigas e as perseguições. Quando um casal resolve reproduzir, aí sim, se tornam agressivos e territoriais, enfrentando qualquer peixe, por maior que seja, na defesa de seu ninho.
Por ser tão pacífico, o Acara vem sendo criado em cativeiro há muitos e muitos anos e até hoje não perdeu as características mais marcantes do seu suave comportamento.
Muitas pessoas nos escrevem perguntando se poderão escolher, numa loja, um casal de Bandeiras e preparar um aquário para a reprodução. 0 comportamento sexual do Pterophyllum é algo bem diferente dos demais peixes que conhecemos. 0 macho escolhe sua companheira e nós nunca podemos interferir nessa escolha.
Por isso, não adianta adquirir um casal e esperar que acasalem. É evidente que, por uma sorte do destino, o macho pode vir a gostar da fêmea e então, ocorrerá o acasalamento, mas não é fácil. 0 mais coerente é adquirir um grupo de seis ou mais exemplares, que no devido tempo se escolherão. Como o Acara é um peixe de desenvolvimento rápido, logo o aquarista terá vários casais acasalados, que uma vez unidos só a morte de um dos dois os separará.
Quando um casal se une e não queremos esse acasalamento, o melhor é separá-los, em dois aquários comunitários diferentes. Os Pterophyllum são monogâmicos, isto é, um casal constituído, uma vez separado, nunca mais seus membros voltam a acasalar com outro que não seu antigo companheiro. Às vezes, um dos cônjuges morre, isto é, entristece de tal forma pela falta de outro que deixa de comer, se afasta do grupo e com o passar do tempo vai "secando" ate morrer.
Já constatei tal fenômeno de fidelidade em minha estufa com um casal de Acara-bandeira-marmorato, que já havia acasalado trinta e duas vezes.
Quando separei-os, por achar que estavam cansados coloquei a fêmea num aquário comunitário e o macho no aquário de Acara-bandeira. Em menos de um mês os dois estavam magros, feios e sem apetite. Juntei-os novamente e a desova ocorreu quatro dias depois. Recuperaram-se totalmente e voltaram a vida reprodutiva normal. Novamente fui obrigada a separá-los por achar que estavam esgotados e tudo aconteceu de novo. Ambos "secaram" sendo que dessa vez a fêmea morreu, semanas depois da separação. Por instinto, raciocínio ou qualquer outro nome que queiram dar, o macho morreu no dia seguinte a morte de sua fêmea e desde então nunca mais ousei separar um casal já acasalado.

REPRODUÇÃO
Ao se pensar em reproduzir um peixe, deve-se ter conhecimento de tudo que se relacione com aquela espécie, procurando suprir todas as necessidades da mesma.

0 primeiro passo é a montagem do aquário que não deve ter areia no fundo nem plantas. Isso, no caso de quem deseja salvar toda a prole e não ter muito trabalho com sifonagens e trocas constantes de água. 0 aquário deve ser de 50 x 30 x 30, no mínimo. No centro, deve-se colocar uma folha plástica, de planta artificial que ornamenta interiores, do formato da folha da Amazonense, isto é, alongada e ligeiramente larga (20 cm de comprimento por 6 cm de largura) presa no fundo, de pé e com uma leve inclinação, por uma pedra. Ali o casal fará a desova.
Um filtro externo com lã e carvão e um bom compressor de ar.

0 casal é colocado e aguardam-se alguns dias até que o ritual comece. Ambos limpam a superfície da folha e iniciam a desova, tendo a fêmea na frente e o macho atrás. Nessa hora, não devem ser assustados, pois poderão devorar os ovos. 0 melhor sistema para salvar um maior numero de alevinos é deixá-los aos cuidados dos progenitores. Em muitos casos, o macho e a fêmea comem toda a desova, mas isto é normal e não deve ser encarado como canibalismo. Trata-se de seleção natural, uma vez que as duas primeiras posturas de uma fêmea "virgem" quase sempre são deficientes, mas, se o costume persistir, deve-se tomar uma das providências abaixo:
a) separá-los temporariamente.
b) alimentá-los antes da desova.
c) separá-los da desova antes que tenha tempo de comê-la.
d) afastá-los da reprodução.
e) deixá-los comer até que um dia desistam e cuidem da prole.

Quando se deseja deixar a desova com os pais se faz necessário o uso de um anti-fungo antes que a mesma se inicie para reduzir o número de ovos afetados.
Após o nascimento, os alevinos tremulam suas caudas desordenadamente no ninho até completarem cinco dias, quando então, começam a cair. Seus pais os apanham com a boca recolocando-os na folha. A partir do décimo dia, os peixinhos começam a ensaiar suas primeiras nadadas, então, o filtro é desligado e substituído por uma pedra porosa. Aos doze dias de nascidos abandonam o ninho nadando em volta da mãe. Daí em diante devem receber Artêmia salina recém eclodida e Microverme.
Trocas parciais de água devem ser feitas durante todo o desenvolvimento dos filhotes.

Aos vinte dias, os pais já começam a se desinteressar pela prole, que já deverá estar bem desenvolvida (mais ou menos 0,5 cm), tendo então que ser separada dos pais. 0 mais correto é transferir o casal para um aquário previamente preparado para reprodução, pois, logo a seguir tornará a desovar.
0 ciclo reprodutor do Pterophyllum é de:
a) 15 em 15 dias - deixando a prole com os pais.
b) 7 em 7 dias - retirando a desova antes da eclosão (incubação artificial).
0 segundo método esgota rapidamente o casal e só devera ser usado por aquarista experiente, por ser difícil manter os ovos sem que se deteriorem.
É evidente que o ciclo varia vez por outra, dependendo de cada individuo, por isso é normal um casal desovar de 30 em 30 dias.

ALIMENTAÇÃO DOS ALEVINOS

Como já foi dito anteriormente, a primeira refeição dos jovens Acaras e constituída de náuplios de Artêmia salina. Esse pequeno crustáceo será dado até que os peixinhos completem dois meses de idade, quando poderão comer alimento seco, carne crua raspada, etc.
Os vermes, como a Enquitréia, o Microverme e o Tubifex poderão ser fornecidos duas vezes por semana, conforme o desenvolvimento físico do filhote. Jamais deve-se alimentar um peixe pequeno com um verme grande, pois ficará com sérias dificuldades para engolí-lo, o que causa asfixia, levando-o à morte.
Quando começam a ficar com formato definido de Acara, estágio este chamado por nós criadores de "estrelinha", pelo fato dos jovenzinhos ficarem parecidos com estrelas, devem receber um cuidado todo especial e uma alimentação cuidadosamente equilibrada para evitar mortalidade, muito comum nesse período.

Os Acaras comerão Artêmia até completarem um ano de idade, sendo, nessa época, a Artêmia congelada.

DIMORFISMO SEXUAL
Muitas pessoas não conhecem as diferenças entre macho e fêmea nos Pterophyllum e muitos pensam que sabem. Na verdade é muito simples, vejamos os desenhos:
1) Exemplar macho jovem
a) distancia pequena entre as pélvicas e o início da nadadeira anal
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2) Exemplar macho adulto
b) distância menor das nadadeiras pélvicas até o início da nadadeira anal. Órgão reprodutor masculino, em forma de tubo (nem sempre aparente).
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3) Exemplar fêmea adulta
c) órgão sexual feminino, em forma de flor.
d) distância grande das nadadeiras pélvicas até o início da anal (quase um ângulo de 90 graus)
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Outras diferenças são conhecidas porém variam muito e não se pode confiar.
Normalmente, os machos são finos, esbeltos quando vistos de frente e já as fêmeas são o oposto.

DOENÇAS MAIS COMUNS E MEDIDAS DE PROFILAXIA.
0 gênero Pterophyllum é extremamente resistente a parasitas e fungos, mas, algumas doenças afetam com constância esses peixes. São elas:
1 – Exoftalmia – sintomas: olho dilatado, opaco ou leitoso, peixe se afasta do grupo, porém, não perde o apetite.
Tratamento: Quemicetina (250 mg), um comprimido para cada cinco litros. Trocar 1/3 da água e repetir o tratamento até que desapareçam os sintomas.
2 - Fungo no corpo – sintomas: pequenos "flocos de algodão" em determinado local do corpo.
Tratamento: Mercúrio cromo aplicado no local com auxilio de cotonete, uma vez por dia até desaparecer por completo.
3 – Íctio – sintomas: pequenos pontos brancos espalhados nas nadadeiras e por fim, no corpo.
Tratamento: Mercúrio cromo, uma (1) gota para cada quatro litros de água durante 48 horas e elevar a temperatura para 28º. Trocar 1/3 da água e repetir tratamento.
CONCLUSÃO
Seria muito bom se alguém se importasse com a pureza e a qualidade dos Acaras-bandeira. A miscigenação está acabando com os magníficos exemplares existentes no Brasil e povoando os aquários caseiros com seres estranhos, de pigmentação desordenada, sem nenhuma característica marcante, significando, verdadeiros "Ets".

Vamos procurar acasalar Acara-negro com Acara-negro e não Acara-negro com Acara-Dourado ou com o marmorato, ou com o fantasma. Esse é o nosso dever, melhorar cada vez mais nossos peixes.