quarta-feira, 1 de agosto de 2012




Carangueijos de agua doce.








Um tema que nos chamou a atenção a algum tempo atrás foi a vida de algumas espécies de caranguejos que habitam os bancos de areia e as praias, normalmente desertas e que possuem um sistema muito interessante de respiração que deve ficar aqui registrado.
Os caranguejos possuem guelras e, mais do que isso, possuem uma espécie de reservatório de água que permite armazená-la oferecendo oxigênio aos vasos sanguíneos existentes nas guelras e também para utilização no ato de comer, para a diluição do alimento. Dessa forma, o caranguejo pode passear em terra firme. Esta água do reservatório é periodicamente renovada.
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Os caranguejos "Chama-maré” vivem em terra firme e constróem tocas na areia para se abrigarem quando a maré subir. Durante a maré alta, estes animais não se alimentam e ficam nas tocas que lhes servem ainda de abrigo contra predadores.
Acima da zona de maré alta vive outra espécie de caranguejo, o ocipode, que corre com rapidez e se alimenta de algas e pequenas medusas. O caranguejo ocipode não tem interesse em construir tocas que cheguem até a água subterrânea, apenas estas lhe servem como caverna protetora. Depois de aproximadamente 40 cm de túnel, o corredor da toca termina em areia seca. Esta espécie de caranguejo é mais independente da água do que os “chama-maré’, pois o reservatório de água sofreu modificações através dos muitos anos, onde parte das paredes do reservatório sofreu “inchações” e com a diminuição da água que é utilizada para diluir o alimento ingerido pelo caranguejo, estas paredes absorver o ar que passa também para o sangue, a exemplo do ar dissolvido na água que passa para as guelras.
Uma outra curiosidade é observar que em algumas espécies de caranguejo-parasita (bernardo-eremita), que carregam conchas, são totalmente independentes da água, e podem até morrer afogados se permanecerem mais de 24 horas na água. Tudo isso porque na extremidade do seu corpo coberto pela concha existe uma fina pele que cobre uma rede de vasos sanguíneos que absorvem o ar existente na concha.
Observando a curiosa vida destes animais, comparando com algumas espécies de peixes que são compatíveis com caranguejos, passou-nos pelas nossas cabeças que, analisando a fundo as necessidades dos caranguejos, podemos tentar transportar todo este ecossistema para um aquário, para nossa casa, ou seja,... por que não projetarmos um aquaterrário marinho? Nunca vimos um e, sem dúvida, pode decorar muito bem uma sala de estar, ou um jardim de inverno...

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